Kênia Valença Correia - Agosto /2010
Tem resposta a essa pergunta? Será que se trata de uma morte planejada e anunciada?
Será que ainda importa?... Pois, o beijo já foi dado e foi agoniado, sofrido, inevitável... o objeto beijado, no local e hora, há um pouco mais de 100 anos atrás jamais sonhado mas, no momento maior do desabrochar, do se abrir para o sol e brilhar, se deixar visitar por abelhas e borboletas multicoloridas, estava ali... abandonado! Quiçá ali havendo chegado depois de longa viagem silenciosa pelos rios, em cujos leitos gozou de intimidades não só com as águas mas, também com as pedras , ou talvez depois de uma longa viagem ao sabor das ondas salgadas do Atlântico ou talvez ainda, ali arremessado sem cuidados, depois de usado, por algum espécime de Homo sp, que se tem tornado uma praga planetária, invadindo todos os ambientes ferozmente como um grande predador, pondo em risco a sua existencia e a de todo o planeta, não ... não tem como saber...
O que se sabe é o que se viu..! No momento clímax da propria existência...ele estava ali, impassível, irresistível, imenso, silencioso, quase anônimo! Ávido por colher aquele toque exageradamente delicado, macio, quase imperceptível e aveludado, realizado perfeitamente em minutos que pareceram eternos e... aconteceu! O inimaginável, o proibido...o encontro fatídico do belo com o feio...do beijo... com a morte...! Quem é o culpado?
O Beijo da Morte (Fotos: Kênia Correia) |
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