Bem-vindo, Professor! Sinta-se à vontade! Este espaço é nosso!

TAE Cristina Florêncio

Coordenadoria do Ensino de Ciências do Nordeste - CECINE

UFPE





sexta-feira, 25 de junho de 2010

Newsletter no. 16/2010: Pesquisa online

Olá, Professor!

Como foram os festejos de São João? Espero que tenha aproveitado bastante. E o jogo do Brasil hoje, hein? Vou torcer daqui de casa mesmo.

A newsletter da semana é uma pesquisa online para que conheçamos o estilo didático do nosso Centro. São apenas duas perguntas: uma com múltiplas respostas “de clicar” e outra pessoal. Basta seguir o link Seu Estilo Didático, responder o questionário e envia-lo através do botão Concluído.

Sua resposta enviada cairá na “urna”, que coletará e tabulará, automaticamente, as respostas e, em pouco tempo, saberemos o estilo didático do CCB; para tanto, pedimos sua pronta resposta pela qual desde já agradecemos.
Até logo e bom final de semana.
Cristina Florêncio
TAE do CCB - UFPE

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Newsletter no. 15/2010 - Profa. Sônia Leite: estilo de ensinar

A nossa newsletter da semana é uma entrevista com a Profa. Sônia Leite*, docente da disciplina Histologia Geral em nosso Centro.

Tendo bastante experiência com turmas numerosas, a característica básica do seu estilo é a utilização de alegorias e metáforas, principalmente, para resolver situações de sala de aula próximas do conflito.

COMO VOCÊ COMEÇOU SUA VIDA DE DOCENTE?
Desde recém-formada, sendo professora auxiliar na UFPE. Depois, coordenei o curso de Medicina, os chamados para-médicos na época (Enfermagem, Fisiologia, Biomédicas, Ciências Biológicas, ...) e também lecionei Biologia para Educação Física. Sempre ensinei nos períodos iniciais dos cursos.

QUAL A CARACTERÍSTICA DOS ALUNOS EM GERAL?
Hoje em dia, eles estão muito “acelerados”, e o professor tem que acompanhar! Mas, não acredito que haja professor ou aluno difícil; o que existe é professor ou aluno auto-suficiente.

ENTÃO, QUAL SERIA O PAPEL DO PROFESSOR NOS DIAS DE HOJE?
O papel do professor é quebrar barreiras, porque a função dele é formar caráter. Acredito que nunca houve, verdadeiramente, atrito entre mim e o aluno; mas, em determinadas ocasiões, por exemplo, pode ter havido falhas de conteúdo ou faltas emocionais que interferiram no nosso comportamento.

QUANDO VOCÊ PERCEBE DESINTERESSE POR PARTE DO ALUNO? E COMO FAZ PARA RESOLVER OS CONFLITOS DA SALA DE AULA?
Ah, percebo que existe algo errado quando o aluno entra, assina a ata de freqüência e sai.
Então, é preciso quebrar as barreiras entre o professor e o aluno. Na minha prática, faço isso utilizando, constantemente, a figura do “Nós” ao invés de "Eu".

E COMO VOCÊ OPERACIONALIZA ISSO?
Um dia, uma monitora estava bastante agressiva na sala. Então, simplesmente, perguntei a ela:
-“Quantos rins nós temos?” A classe inteira parou e ninguém entendeu o porquê de uma pergunta tão óbvia. A moça respondeu:
- “Que pergunta mais besta, professora! É claro que nós temos dois!”
Então, eu disse:
- “Não, vocês estão enganados. Nós temos quatro rins!

Outro dia, uma aluna estava muito nervosa e o seu nervosismo influenciava a turma inteira. De repente, tive uma idéia e perguntei à aluna:
- “O que acontece se uma mosca cair num copo d’água?”
- “Vai contaminar a água toda, professora.”
- “E se cair uma abelha?”
- “Ah, a abelha produz mel; não vai contaminar a água!”
- “A mesma coisa é com as pessoas: uma atitude descompensada de um aluno pode influenciar negativamente a classe inteira e até o professor; e vice-versa. Já uma atitude acertada pode fazer o bem para todos da sala, inclusive para o professor; e vice-versa. Então, o que você prefere ser: abelha ou mosca?”

Essa história influenciou de tal forma a classe que, durante muito tempo, podia-se ouvir os alunos repetindo uns para os outros: “eu prefiro ser uma abelha”.


E QUAL FOI SEU OBJETIVO COM ESSAS PERGUNTAS?
Fazer com que a classe parasse para refletir sobre a necessidade de pensar coletivamente, porque isso é essencial para que as coisas aconteçam.

E DE ONDE VEM ESSA SUA HABILIDADE PARA LIDAR COM TURMAS NUMEROSAS?
Creio que é uma habilidade natural, surgida do convívio numa família grande. Tudo era muito difícil, porque éramos doze irmãos e tivemos que aprender as regras básicas do relacionamento entre as pessoas, como por exemplo, chegar a tempo para o jantar.

VOCÊ ESCOLHEU SER PROFESSORA?
Não. Comecei a ensinar, porque precisava do dinheiro; mas, apaixonei-me pela profissão. Gosto de estar em contato com as pessoas. Posso repetir o conteúdo da disciplina, mas não consigo repetir a aula.

QUAL O CONCEITO QUE VOCÊ TEM DE SI MESMA COMO PROFESSORA?
A educação que eu recebi na minha família foi bastante rígida. Mas, o fato de ter que conviver com um grande número de pessoas me deu sensibilidade para quebrar barreiras. Considero-me excelente professora, porque possuo essa sensibilidade.

E NO USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS, VOCÊ ACREDITA?
Acredito, mas esses recursos não são para enganar o aluno! Um vídeo que recomendo é o filme Avatar, porque mostra o que as pessoas estão fazendo com o meio ambiente. Depois que o aluno conhece Histologia, ele passa a entender a relação do filme com o sistema endócrino e com o tecido nervoso. Ultimamente, recebi um power point sobre esse filme, e pretendo utiliza-lo como fechamento do semestre (a Profa. Sônia disponibilizou o referido arquivo no blog http://www.assuntoseducacionais.blogspot.com/ ).

QUAIS SERIAM SUAS CONSIDERAÇÕES FINAIS, PROFESSORA?
Acredito que a função do professor é formar caráteres e ter sensibilidade para quebrar barreiras. Professor e aluno precisam escutar. A tecnologia é importante, mas é preciso dosar a tecnologia com a presença, porque nada substitui a presença.

(* A Profa. Dra. Sônia Pereira Leite é do Departamento de Histologia e Embriologia e docente da disciplina Histologia Geral para os cursos de Enfermagem e Fisioterapia no Centro de Ciências Biológicas da UFPE, com doutorado em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos. Pesquisadora da UFPE e  do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico com experiência na área de Morfologia com ênfase em Histologia.)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Destruição da Mata Atlântica

Newsletter no. 14/2010: A Música como Instrumento Pedagógico

Caro Professor,

O assunto de hoje é uma sugestão de atividade ainda utilizando vídeo, mas agora com o acréscimo da música. A vantagem de juntar esses recursos na mesma aula é a capacidade de persuasão desses elementos.

A técnica sugerida pode ser utilizada na sala de aula (antes do estudo do nome científico da flora, por exemplo) ou como abertura de um seminário, de uma oficina de extensão ou ainda como parte cultural de um evento, adaptando-se ao público específico. Os professores ligados às questões do desmatamento e da Botânica farão uso mais direto dessa atividade.

Como material de apoio, estamos enviando:

1. plano de atividade (folha 02, com os objetivos, técnicas, metodologia, forma de avaliação etc);

2. canção do vídeo impressa (folha 03, exercício de completar);

3. lista com sete atitudes sustentáveis para o meio ambiente (folha 04, que poderá ser impressa no verso da folha 03);

4. “gabarito” do exercício de completar (folha 05);

5. vídeo “Matança” (postado no blog).

Salientamos que essa é apenas uma AULA INTRODUTÓRIA ao assunto e o professor poderá utiliza-la como ELEMENTO PROVOCADOR de pesquisas e trabalhos mais aprofundados que, infalivelmente, serão necessários.
Por hoje é só. Bom final de semana e bom descanso.
Cristina Florêncio
TAE do CCB - UFPE

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Plano de Atividade

Objetivo Geral:

Participar de atividade de sensibilização coletiva relacionada às questões do meio ambiente, particularmente, ao desmatamento da Mata Atlântica e Amazônia.

Objetivo Específico:

Conhecer os nomes de algumas espécies da flora da Mata Atlântica e Amazônia que estão sob ameaça de extinção.

Técnicas:

Lead in, atividade de completar e canto coletivo.

Material de Apoio:

Texto impresso em folhas de A4, vídeo Matança (Xangai), datashow, caixa de som e microfone.

Metodologia:

1. Lead in: O professor inicia a atividade, dizendo que tem uma notícia muito triste a relatar: a matança de indivíduos que nos são muito queridos e que aqueles que ainda não morreram estão pedindo ajuda à turma.

2. Após a geração de expectativa sobre quem seriam esses indivíduos e como poderiam ser ajudados, ocorre a exibição do vídeo Matança (Xangai). Se a sala não descobrir quem são os indivíduos, é-lhe informado que são as árvores, principalmente, as da Mata Atlântica.

3. Distribui-se a letra da música e faz-se a “apresentação formal” de algumas das espécies ameaçadas, pedindo-se que a classe complete os nomes em branco das árvores enquanto o vídeo é repetido (a numeração no texto serve para ordenar os nomes das árvores por ocasião da correção). Repete-se o vídeo novamente, se necessário.

4. Pede-se à turma que leia as sugestões de consumo sustentável (no verso da folha) e acrescente outras que queira.

5. Finaliza-se cantando a letra acompanhada do vídeo.

Avaliação:

Participação dos alunos nas tarefas propostas.

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Matança*

(1) _____________________

tá subindo na virola

Chegou a hora do

(2) ______________________ balançar

Sentir o cheiro do mato, da

(3) __________________

Descansar, morrer de sono na sombra da (4) ________________.

De nada vale tanto esforço do meu canto

Pra nosso espanto, tanta mata haja vão matar

Tal Mata Atlântica e a próxima, Amazônica

Arvoredos seculares, impossível replantar.

Que triste sina teve

(5) ______________, nosso primo

Desde menino, que eu nem gosto de falar

Depois de tanto sofrimento, seu destino

Virou tamborete, mesa, cadeira, balcão de bar.

Quem, por acaso, ouviu falar da

(6) _______________

Parece até mentira que o

(7) _________________

Antes de virar poltrona, porta, armário

Mora no dicionário, vida eterna, milenar.


Quem hoje é vivo corre perigo

E os inimigos do verde, da sombra, o ar

Que se respira e a clorofila

Das matas virgens destruídas vão lembrar

Que, quando chegar a hora,

É certo que não demora

Não chame Nossa Senhora

Só quem pode nos salvar é

Caviúna,

(8) ______________________, baraúna

Imbuia, pau-d’arco, solva

(9) ___________________ e jatobá

Gonçalo-alves, paraíba, itaúba

Louro, (10) ________________, paracaúba

Peroba, massaranduba

Carvalho, (11) _______________, canela, imbuzeiro

Catuaba, janaúba, aroeira, araribá

Pau-ferro, angico amargoso,

(12) _________________

Andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá

(*Xangai cantador)

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Atitudes Sustentáveis para o Meio Ambiente

1. Não jogue lixo na Natureza.

2. Não compre plantas nativas da Mata Atlântica extraídas ilegalmente (bromélias e orquídeas).

3. Só compre madeira certificada.

4. Só compre palmito cultivado e registrado no Ibama.

5. Não compre imóveis dentro de áreas protegidas.

6. Valorize empresas que respeitam o meio ambiente.

7. Não compre animais silvestres e denuncie seu aprisionamento e comércio ilegal.

8. ___________________________________________

9. ___________________________________________

10. __________________________________________


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Matança (Gabarito)

Cipó caboclo tá subindo na virola

Chegou a hora do pinheiro balançar

Sentir o cheiro do mato, da imburana

Descansar, morrer de sono na sombra da barriguda.

De nada vale tanto esforço do meu canto

Pra nosso espanto, tanta mata haja vão matar

Tal Mata Atlântica e a próxima, Amazônica

Arvoredos seculares, impossível replantar.


Que triste sina teve cedro, nosso primo

Desde menino, que eu nem gosto de falar

Depois de tanto sofrimento, seu destino

Virou tamborete, mesa, cadeira, balcão de bar.

Quem, por acaso, ouviu falar da sucupira

Parece até mentira que o jacarandá

Antes de virar poltrona, porta, armário

Mora no dicionário, vida eterna, milenar.


Quem hoje é vivo corre perigo

E os inimigos do verde, da sombra, o ar

Que se respira e a clorofila

Das matas virgens destruídas vão lembrar

Que, quando chegar a hora,

É certo que não demora

Não chame Nossa Senhora

Só quem pode nos salvar é


Caviúna, cerejeira, baraúna

Imbuia, pau-d’arco, solva

Juazeiro e jatobá

Gonçalo-alves, paraíba, itaúba

Louro, ipê, paracaúba

Peroba, massaranduba

Carvalho, mogno, canela, imbuzeiro

Catuaba, janaúba, aroeira, araribá

Pau-ferro, angico amargoso, gameleira

Andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Newsletter nº. 13/2010: Uso Pedagógico do Celular

Que tipo de celular você prefere? Quais os recursos disponíveis no seu modelo? Geralmente, a preferência do adulto é por um mais adaptado à sua necessidade, enquanto o adolescente e o jovem preferem o “de marca”: bem estiloso e caro “porque dá status”, mesmo que eles nem usem todos os recursos.


Aproveitando esse nicho de mercado, a equipe de Educação da Vivo está chegando a Recife nos meses de junho ou julho, buscando parceria com professores, visando à utilização efetiva do celular como instrumento pedagógico. A operadora intenta expandir para todo o Brasil esse projeto existente em outras regiões; mas, independentemente dele, já está em funcionamento, há algum tempo, seu curso de Inglês em três versões chamado de Kantoo, que utiliza o recurso “jogos” dos equipamentos.

Operadora à parte, como seria a utilização dessa tecnologia na Educação? Bem, depende do celular. Um aparelho mais equipado, geralmente, tem câmera, bluetooth, lista de distribuição, rádio FM, mp3 player, e-book, televisão etc. Então, é possível:

  1. Utilizar arquivos de áudio e de vídeo da disciplina. Existem palestras gratuitas em mp3 que podem ser baixadas de sites de universidades como o da Biblioteca Digital de Ciências da Unicamp; os vídeos também podem ser transformados em áudio ou em arquivos para celular. Você pode envia-los via email ou deixar no desktop do computador da sala de aula (só por alguns dias!) para que os alunos copiem via pendrive. Ou eles podem fazer a transferência desses arquivos diretamente do seu celular, caso vocês tenham o recurso “bluetooth”. Por falar na Biblioteca Digital de Ciências da Unicamp, ela tem mais de 28.700 usuários cadastrados e possui muito material, incluindo softwares para prática do aluno.
  2. Utilizar a lista de distribuição para enviar recados tipo corrente. Por exemplo, você salva no seu celular os nomes dos responsáveis pelos grupos de trabalho da turma e envia apenas uma mensagem e o celular se encarrega de distribuir o conteúdo aos grupos. 
  3. Fotografar atividades como excursões, oficinas ou algo que chame a atenção durante o percurso de casa para a universidade, que possa servir de ilustração do conteúdo da disciplina, por exemplo. 
  4. Marcar determinado programa de tv ou de rádio FM para ser assistido por toda a turma, independente do local onde o aluno esteja, e ser comentado na aula seguinte. Uma reapresentação de documentário da TV Senado ou de uma entrevista no rádio, por exemplo. 
  5. Salvar ebooks de conteúdo específico para serem lidos em viagens de feriadão, por exemplo. Nessas ocasiões, o aluno não precisará de carregar livros ou apostilas na bagagem.
  6. Enviar emails para programas em tempo real. Da sala de aula ou de outro ambiente, a classe inteira poderá marcar sua presença e ter resposta instantânea, principalmente, em programas de entrevistas da televisão.
Bem, por hoje é só. Bom final de semana e bom descanso.
Cristina Florêncio
TAE do CCB - UFPE