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TAE Cristina Florêncio

Coordenadoria do Ensino de Ciências do Nordeste - CECINE

UFPE





sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Newsletter no. 29/2010: O Lugar da Emoção

Digamos que chegássemos à sala de aula hoje e a turma estivesse desmotivada, desatenta ou com cara de poucos amigos. Que alternativa teríamos para chamar a atenção dos alunos?
Vamos pensar um pouco. Dou-lhe 1, 2, 3! Eu escolheria a mesma técnica que a propaganda e a televisão utilizam: a emoção. Você já parou para pensar que a emoção pode ser uma alternativa pedagógica? Esquisito falar isso para o pessoal de Ciências, não? Deve ter alguém dizendo: “Lá vem ela novamente! Ciências é uma coisa exata, palpável, não tem “mais ou menos”, não dá para filosofar em cima...!” Essas coisas. Mas, encaremos a realidade: se a sala não está a fim de estudar, vai adiantar argumentar, encher o quadro de conteúdo, ameaçar? Melhor “sair pela direita (ou esquerda!) e tentar outra abordagem.
Vejamos bem! Não importa quão céticos e racionais sejamos; sempre haverá uma campanha publicitária direcionada a incentivar nosso consumo. E não adianta negar: somos "vítimas" (uns mais, outros menos) desse direcionamento, porque todos nós somos consumidores. Ora, se mega empresas, tão pragmáticas e focadas em resultados, não podem prescindir da emoção, porque professores poderiam? Pensando nisso, decidi sugerir o texto Quem é o culpado?, da Profa. Kênia Valença Correia, como introdução à próxima aula. Mas, como utilizar?
Surpreenda seus alunos com a seguinte técnica: 
1.  Coloque o texto no datashow (a princípio, não deixe que eles vejam as fotos nem    explique o que você vai fazer!).
2.   Peça uma leitura silenciosa e depois leia em voz alta de maneira bem expressiva.
3.   Faça perguntas, levante hipóteses e peça que eles justifiquem suas respostas. Explore os adjetivos e as imagens evocadas.
     Por exemplo: Do que trata esse texto? Por que o beijo é chamado de mortal e proibido? Quem beijou e quem foi beijado? Qual seria a diferença entre uma longa viagem por rio e essa mesma viagem pelo Atlântico? Quem é a praga planetária? Quais os outros adjetivos e a que eles se referem? De que culpa fala o texto?
4.    Após, digamos, 10 minutos de especulação, apresente as fotos, reexamine as hipóteses com a classe e veja o sorriso de surpresa iluminar o rosto de seu aluno!
5.    Acredite: dá certo! Ao contrário do início da aula, agora você terá uma classe predisposta a absorver o conteúdo “técnico” de sua disciplina!
(O artigo de hoje é dedicado ao Prof. Antônio Carlos Beltrão, alguém que acredita que emoção é essencial.)
Bom final de semana de bom descanso.
Cristina Florêncio
TAE do CCB - UFPE

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