Bem-vindo, Professor! Sinta-se à vontade! Este espaço é nosso!

TAE Cristina Florêncio

Coordenadoria do Ensino de Ciências do Nordeste - CECINE

UFPE





sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Newsletter nº 22/2011: Qual é o seu jogo?

Sabe aquela descoberta que seria um divisor de águas entre o pesquisador que você é hoje e o que se tornaria após publica-la - tipo assim: foi dormir uma pessoa comum e acordou matéria principal de revista científica? Pois bem, talvez isso esteja nas mãos de um grupo crescente de pessoas espalhadas pelo mundo inteiro e que dedica, de acordo com o Institute for the Future, 3 bilhões de horas semanas para resolver problemas complicados. A comunidade científica? Xi, passou longe! Os jogadores de games online! 

De acordo com a edição nº 298 da Revista Superinteressante deste mês de dezembro, em setembro passado, “uma comunidade de jogadores deu um importante passo na luta contra a aids. Mergulhados no jogo Foldit, no qual você brinca de encaixar aminoácidos até formar proteínas, eles conseguiram mapear, em poucos dias, a estrutura de uma enzima relacionada ao HIV, um problema que vinha derrotando cientistas e supercomputadores havia mais de uma década. Alguns dos gamers foram até incluídos como autores do artigo científico que divulgou a descoberta.”


Como assim? De graça? Pois é! É o que se chama de gamificação: “os elementos normalmente encontrados em games, como ganhar pontos e disputar um ranking com outros jogadores, estão se tornando ferramentas poderosas para motivar as pessoas a resolver problemas.”

Mas é só na área científica isso? Que nada! As empresas também estão aproveitando esses “joguinhos inocentes” para auferirem lucros fantásticos. Ou seja, vai que uma multinacional de gás e petróleo tenha um problema com extração nas plataformas de pré-sal e que seja muito difícil de resolver por causa do investimento financeiro ou pelo perigo à vida humana. O que fazer?  Simples! É só transformar esse “problema insolúvel” em um joguinho e deixar por conta da comunidade de jogadores online. Acha exagero? Então, saiba que o instituto de pesquisas Gartner prevê que, em 2015, metade das empresas que investem em inovação terá alguma iniciativa baseada em jogos. 

Tudo bem. As empresas investem muito em jogos online, porque faturam muito conseguindo soluções para seus problemas gratuitamente. Mas, e as pessoas? Por que gente de todas as idades passaria tanto tempo jogando sem ganhar um único centavo? De acordo com a referida matéria, os jogos exercem um fascínio sobre nós, porque fazem parte de nós mesmos. Brincar socializa humanos, outros mamíferos e pássaros, desenvolvendo habilidades que fazem valer a pena, como por exemplo, aumentando nossa percepção espacial e coordenação entre o que o olho vê e o que a mão executa – sabia que cirurgiões de laparoscopia que são bons jogadores também são melhores cirurgiões?

Jogos também nos motivam para qualquer coisa. Portanto, da próxima vez que pensar em realizar uma atividade desagradável, formar um hábito ou buscar uma solução complicada, que tal transformar o problema num joguinho? Duvida? Pois saiba que a empresa americana Green Goose já pensou em ensinar a cumprir as tarefas domésticas nossas de cada dia através de um joguinho com previsão de lançamento para 2012. Sensores relativamente simples, sem fio e de movimento, prometem conectar objetos de uma casa, tais como escova de dentes, frasco de remédio, livros, garrafa na geladeira etc a uma base central, que registra e transforma praticamente tudo o que acontece ali numa competição online disputada por toda a família, aumentando ou diminuindo o ranking das pessoas.   

Mas nem tudo são flores, e essa mania de jogo também tem seu lado negativo. De acordo com a referida matéria, pessoas que foram criadas jogando videogame são mais resistentes em obedecer patrões, precisam mais de recompensas imediatas e o que, a princípio, era divertido para elas pode se tornar chato, sendo que essa chatice, de acordo com a Psicologia, é porque recompensar alguém para fazer algo que ele já fazia por prazer, com algumas exceções, tende a diminuir sua motivação. 
É isso.
Bom final de semana e bom descanso.
Cristina Florêncio
TAE do CCB - UFPE      

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Newsletter no. 21/2011: Quando usar vídeo não dá certo.

Você já sabe. Para que o aluno aprenda, é necessário que haja um ponto em comum, uma “ponte” entre duas coisas: o conhecimento científico e o que o aluno já sabe. Caso não exista esse elo, qualquer tentativa de ensinar e de aprender resultará em fracasso. Essa ligação é chamada de transposição didática, assunto já falado aqui nesse blog na matéria O Leite e o Lattes.  

Ponte Maurício de Nassau - Recife
Isso porque, aprender é como fazer ligações, semelhantemente às que vocês explicam em Bioquímica e em Genética Mendeliana. Conforme Ausubel (Psicologia da Educação), para que haja uma assimilação significativa do novo conteúdo, é necessário que exista, na estrutura cognitiva, um ou mais conceitos aos quais o conceito novo irá se ligar. Nesse sentido, o professor é uma espécie de Maurício de Nassau da Educação: vive construindo pontes.  
  
Ora, um bom exemplo de ponte é um vídeo. Usando essa mídia, a gente nunca erra, certo? Depende. Lembra daquele filme que você assistiu na televisão e não entendeu absolutamente nada? Um vídeo também pode ser um “complicador”, se algumas precauções não forem tomadas. O Prof. Paulo Ricardo da Silva Rosa, do Departamento de Física da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul que o diga:

“Há alguns anos, dentro de um dos projetos de educação de indígenas no Mato Grosso do Sul, pesquisadores da UFMS tentaram, sem sucesso, o uso de um vídeo. Ao pesquisarem as razões do insucesso, descobriram que os índios não sabiam olhar televisão. Explico: para que tenhamos uma idéia geral (panorâmica ou global) do que se passa na tela da televisão, devemos focar o nosso olhar a uma certa distância da tela, mais ou menos 1 metro. Como os índios não tinham o hábito de olhar  televisão, eles não coordenavam o olhar de forma apropriada. Como resultado, eles apenas apreendiam detalhes da imagem, não a apreendendo na sua totalidade.

Ora, é claro que não estamos numa tribo indígena afastada de nossa realidade! Mas é importante atentar para o papel central da cultura quando utilizamos vídeos em sala de aula. Isso porque toda produção audiovisual pertence a determinada cultura; a realidade representada é a realidade partilhada por determinado grupo de pessoas, que produzem e consomem aquela obra; e essa realidade representada está codificada através de símbolos fornecidos por essa mesma cultura. Além do mais, nenhuma cultura é homogênea, e ainda tem as chamadas "tribos urbanas".  

Portanto, dependendo da turma, talvez seja melhor mesmo começar com um filme comercial e com estratégias mais simples, como naquelas apresentadas ao final da matéria Questão de Regência, e ir aprofundando até perguntas mais críticas de um documentário mais elaborado. Abaixo, uma sugestão de ficha de observação do Prof. Paulo Ricardo, encontrada em O uso dos recursos audiovisuais e o ensino de ciências. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 17, n. 1, abr. 2000, p. 33-49. Disponível em <http://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:C3Wr03jDBzYJ:scholar.google.com/+O+uso+dos+recursos+audiovisuais+e+o+ensino+de+ci%C3%AAncias&hl=pt-BR&as_sdt=0,5>.> Acesso em 14/10/11.
Bom final de semana e bom descanso.
Cristina Florêncio
TAE do CCB - UFPE

Ficha de Observação de Vídeos
1.    Título do filme:
2.    Diretor:
3.    Produtor
4.    Evento: sobre que fenômeno se refere o filme?
5.    Questões básicas: quais as perguntas que os autores do filme pretendem responder?
6.    Conceitos abordados: quais são os principais conceitos abordados?
7.   Teorias e leis apresentadas: Que teorias e leis são apresentadas ou embasam as conclusões apresentadas?
8.   Hipóteses levantadas: que hipóteses são levantadas pelos autores para explicar o fenômeno apresentado e responder à questão básica?
9.   Dados apresentados: que dados o filme apresenta para sustentar as suas hipóteses?
10. Asserções de conhecimento: quais as conclusões a que chega o filme? Que respostas apresentam para a questão básica?
11. Asserções de valor: sob o ponto de vista ético-ideológico-moral, para que serve o conhecimento adquirido?

sábado, 1 de outubro de 2011

Newsletter no. 20/2011: Preconceito digital


Preconceito muito reiterado pela mídia é a ideia de que todo adulto não sabe ou tem dificuldade de utilizar as tecnologias digitais. Numa busca rápida na Internet, as imagens que encontramos de adultos com o computador são sempre estereotipadas, principalmente as de idosos.  

Há também “especialistas” afirmando uma competência quase genética da geração Y no domínio das novas tecnologias. Porém, entre um adolescente e um adulto analfabetos digitais, o primeiro sempre será mais habilidoso nessa apropriação? Essa teoria resistiria a uma análise mais rigorosa? E qual a repercussão disso no ensino-aprendizagem?

Ora, a “maior habilidade” do jovem está no seu maior contato com a Internet e assemelhados, enquanto que o adulto tem que dividir seu tempo, diariamente, com múltiplos problemas que disputam sua atenção, além de não ter nascido na era digital. Mas, aquela afirmação repetida incute a ideia de “superioridade” da geração Y na cabeça das pessoas, fazendo com que uma parte dos jovens não acredite, se choque, ridicularize e até se revolte quando um adulto demonstra conhecimento ou interesse nessas mídias. E nós, para “não contrariarmos a expectativa”, tendemos a aceitar essa discriminação.

Um exemplo pessoal? Sempre me interessei por soluções que melhorassem a qualidade do ensino. E a habilidade de desenvolver os próprios softwares facilita o trabalho do professor, dando-lhe maior independência na construção de seu material. Pensando assim, e já conhecendo alguma coisa de HTML, agendei aula demonstrativa gratuita sobre mais uma linguagem de programação num curso tradicional da cidade.

Chegou o dia. Laboratório cheio de maioria jovem: uns enviados pela empresa, gente obrigada pelos pais, outros interessados em vídeo games etc. Os minutos antecedentes à fala do instrutor nos deixavam tão egoisticamente ansiosos que nem olhávamos para trás.

De repente, alguém da geração Y ousou um reconhecimento dos seus pares. Sorriso largo à medida que sua visão panorâmica percorria, lentamente, o terreno atrás de si. Até que essa visão captou minha imagem em primeiro plano, na terceira fila de computadores. Seu semblante alterou-se antonimamente. Nenhum áudio incidental se ouviu, porém, em segundos, interpretei nessa cena os sinais de reprovação em seus olhos: minha presença era uma verdadeira profanação àquele solo sagrado, santuário da informática. 
Alguma dúvida?
Bom final de semana e bom descanso.
Cristina Florêncio
TAE do CCB - UFPE

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Treinamento Básico em Data Show

Olá, Professor!

Passei aqui só para lhe informar que o Treinamento Básico em Data Show já está ativo. Destinado somente às pessoas com pouca ou nenhuma familiaridade com o equipamento, terá fluxo contínuo, e o professor poderá agendar o treinamento sozinho ou em grupo, conforme descrito aí embaixo.
Obrigada e aguardo retorno.
Cristina Florêncio

*************************************************

Treinamento Básico em Data Show

Objetivo: Instrumentalizar o docente do Centro de Ciências Biológicas da UFPE para o uso básico do equipamento data show em sala de aula.
Público-alvo: docentes do Centro de Ciências Biológicas da UFPE com dificuldades em geral no uso desse equipamento.

Instrutor:
Helton Moura, bolsista do NATI e técnico em informática.

Responsável:
Cristina Florêncio (TAE)

CH total: 1 h em fluxo contínuo.

2ª. , 4ª. e 6ª. feira: à tarde, a partir das 15 h.

3ª. e 5ª. feiras: pela manhã, a partir das 10 h.

Conteúdo programático:
1.Instalando o equipamento data show.
2.Função do botão Search
3.Partes de um data show:
•botão Liga/Desliga;
•entrada de vídeo;
•entrada VGA;
•marcas mais comuns.
4.Ajustando o equipamento:
•Ajuste de foco;
•cabo VGA x entrada da placa de vídeo;
•altura x ângulo.
5.Funções do controle remoto
6. Tira-dúvidas
7. Avaliação

Metodologia:
O treinamento terá 01 (uma) hora de duração, individualmente ou em grupo, à medida que surgir a necessidade por parte dos docentes (fluxo contínuo). Nos primeiros trinta minutos, ocorrerá a parte teórica, e nos últimos, haverá a parte prática e a avaliação.

Material de apoio:
Equipamento data show, controle remoto, computador, respectivos cabos etc. Piloto e apagador.

Avaliação:
Será considerado apto para o uso básico do data show, o docente que, individualmente ou em grupo:
•Instalar corretamente o equipamento, conectando-o ao computador e deixando-o em pronta condição de uso básico;
•detectar e resolver problemas simples criados pelo instrutor na instalação do equipamento, com vistas a essa avaliação.

Bibliografia: manuais diversos dos equipamentos acima.

sábado, 27 de agosto de 2011

Newsletter no. 19/2011: É uma boa ideia?

E aí, professor? Tem filhos ou netos entre 18 meses e 05 anos de idade, certo? Das situações abaixo, qual delas corresponde ao seu cotidiano?
  • Não posso ter aulas no turno da noite. Não tem ninguém para ficar com as crianças;
  • é um estresse pegar trânsito pela manhã para levar as crianças à escola e ainda ir trabalhar;
  • não dá para assistir aos eventos noturnos do Centro de Convenções da Universidade. Terminam depois das 21 horas e eu tenho crianças;
  • no intervalo do almoço, preciso ir buscar as crianças e voltar correndo para a aula;
  • deveria haver uma forma de eu trabalhar à noite e ficar com as crianças durante o dia. 

Duas, três, todas? Não se desespere! Sua vida vai mudar! Isso porque já inventaram a escola noturna para crianças até 05 anos, que funciona das 18 h às 23 h. Em breve, não será mais necessário pedir aos avós que fiquem com os pimpolhos enquanto você é homenageado na cerimônia de formatura de seus alunos; e você vai poder dormir mais meia hora pela manhã e ainda ter um almoço tranquilo todos os dias.


Foto Google
Duvida? Pois saiba que em Curitiba, Paraná, já existem quatro dessas escolas noturnas, e desde o ano passado, uma delas já atende 30 crianças no turno da noite, com mais 18 outras em fila de espera. Então, para essa novidade chegar por aqui é uma questão de tempo.


Mas, e estudar à noite não faz mal à saúde dos pequenos? O professor da Universidade Federal do Paraná e pesquisador em cronobiologia Fernando Louzada diz que “A princípio, atrasar esse repouso não traz danos”, a menos que a criança continue acordando cedo e não dormindo entre dez e treze horas, tempo recomendado para a faixa etária dos 02 aos 05 anos. Isso porque privação do sono provoca alterações do humor e do comportamento – esse conselho é repetido aos pais dos alunos dessa escola.


E como funciona isso? Somente como um “guarda-noturno”? Que nada! A escola-creche funciona nos três horários, e têm uma pedagoga que orienta o trabalho dos professores no desenvolvimento das múltiplas capacidades infantis para que os alunos da noite também tenham uma Educação de qualidade.


E o MEC? Não está vendo isso? Está, sim! Aliás, em setembro de 2010, esse Ministério registrou 655 crianças estudando à noite; ou seja, 0,01% de todas os alunos matriculados na Educação Infantil.


Mas, como surgiu essa ideia de deixar crianças estudarem à noite? Bem, inicialmente, esse turno foi criado como um horário especial para os filhos dos catadores de papel; depois, foi ampliado para atender os filhos dos trabalhadores noturnos (de balconistas a seguranças) e de mães adolescentes, que precisavam estudar.


Ficou curioso? Então, leia a reportagem completa. Comentários? Por favor, CLIQUE AQUI. Obrigada.
É isso.
Bom final de semana e bom descanso.
Cristina Florêncio
TAE do CCB - UFPE

domingo, 17 de julho de 2011

Newsletter no 18/2011: Recomendações de filmes e vídeos.

Olá, Caro Professor!

A nossa conversa de hoje é para recomendar alguns filmes e vídeos para suas férias. 

O primeiro deles é Verônica: um longa-metragem de ação sobre uma professora que ajuda um aluno a escapar de traficantes de drogas no Rio de Janeiro, antes do trabalho da Polícia Pacificadora. Filme muito bom que já passou na televisão e vale a pena locar. Eletrizante!

O segundo é o vídeo Os Parasitas Atacam, produzido pelos alunos do Prof. Bruno Severo, na disciplina Parasitologia Humana. 

O terceiro vídeo é a terceira parte de um documentário da série Animal Planet chamado Parasitas Assassinas (14'34") que fala da equistossomose no cérebro. 
Essa série é bem interessante e apresenta, por exemplo, o caso de um homem que teve sua cabeça invadida pelas larvas da mosca varejeira. Imagine!
Bem, é só.
Bom final de semana para todos. 
Cristina Florêncio
TAE do CCB - UFPE

Os parasitas atacam

Parasitas Assassinos: equistossomose cerebral

terça-feira, 12 de julho de 2011

Filme Recomendado: Verônica

Trailer do filme de ação sobre uma professora que ajuda um aluno a escapar de traficantes de drogas no Rio de Janeiro, antes do trabalho da Polícia Pacificadora. Eletrizante! Vale a pena locar!

sábado, 9 de julho de 2011

Newsletter no. 17/2011: O que você quer que eu faça?!

História é sempre história, mas ouvi que certa criança morava numa cidadezinha cercada por diques que impediam o avanço do mar. No seu passeio bem cedo de manhã, enquanto a cidadezinha ainda dormia, ela percebeu que havia um furinho mínimo num dos diques pelo qual a água começava a jorrar.  

Sem tempo de correr para avisar, a criança decidiu impedir aquela tragédia, simplesmente, colocando seu dedinho naquele furo por onde o perigo se avolumava.   Horas depois, desconfiados de sua demora, seus pais resolveram procura-la e encontraram-na em posição de sentinela, protegendo aquela comunidade inteira.  

Moral da história: não foi preciso nenhum ato extremo daquela criança; apenas a disposição de fazer o que ELA SABIA que resolveria a situação. Mesmo sem muita experiência, o problema estava tão claro em sua mente que não foi difícil para ela encontrar uma forma de impedir uma tragédia.  

Ora, “a situação está crítica; é preciso fazer alguma coisa!” - isso é consenso entre professores e alunos em relação ao ensino-aprendizagem. Se todos sabem do problema e querem resolve-lo, por que não resolvem? A resposta é que, apesar desse consenso, os dois grupos parecem falar línguas diferentes, o que dificulta a identificação das causas e soluções para o problema.

E a TAE com isso? Bem, estamos carecas de saber que é condição legal sine qua non para o cargo que o TAE seja profissional da Educação - de preferência, com larga experiência de ensino em todos os níveis. Isso porque é ele quem vai falar a “interlíngua” necessária à identificação das causas que atravancam o processo, sem tomar partido de nenhum dos lados; ou seja, o TAE é o “meio de campo” necessário a essa solução.

A “interlíngua” é útil na identificação das causas porque, geralmente, quem reclama tem certeza de sua própria boa vontade, então, acredita que a culpa só pode estar do outro lado. Porém, há situações nas quais tanto professor quanto aluno são “perfeitos”! Então, o que impede os melhores resultados? Bem, pode ser inadequação estratégica (principalmente, em turmas compostas por cursos vários) ou a questão do tempo didático ou estilos diversos de ensino-aprendizagem ou tipos diferentes de inteligência emocional entre professor e aluno etc.

Um exemplo? No caso de disciplinas com vasto material para memorizar, é imprescindível estratégias que não privilegiem apenas a audição e a visão, mas incluam algumas técnicas, como a construção de modelos anatômicos, tais como os exemplificados em newsletter passada. Ou seja, pouco resolve, simplesmente, mandar o aluno estudar, principalmente, se fatores externos interferem no problema, ao ponto de fazer-se necessário encaminhamento ao setor psicossocial institucional. Também não resolve tentar mudar, radicalmente, o estilo de ensinar do docente – há de haver um equilíbrio.    
 
Por isso, caro professor, ainda na primeira avaliação, gostaria muito de ficar a par de situações nas quais haja um descompasso entre resultados esperados e resultados alcançados, altos índices de evasão e casos de alunos em vulnerabilidade acadêmica. Não infantilizando o aluno, em nosso Centro, “situações impossíveis” já foram resolvidas, porque alguém se dispôs a ajudar. Sejamos todos como aquela criança! Soluções pequenas podem impedir grandes tragédias, e estão em nossas mãos.
É isso.
Para comentários, por favor, clique AQUI. Obrigada.
Bom final de semana e bom descanso.
Cristina Florêncio
TAE do CCB - UFPE   

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Newsletter no. 16 /2011: Precisamos nos REUNI(r).

“E aprendi que se depende, sempre
 De tanta, muita, diferente gente.”
            
                  Caminhos do Coração
                         (Gonzaguinha)

Já ouviu essa frase antes? Pois é. Ela soa como uma convocação, não acha? Isso porque ela lembra, entre outras coisas, que 2012 é o prazo final para nossas metas institucionais do REUNI iniciadas em 2007. Nesse sentido, ela é um apelo para que façamos alguma coisa a respeito.  


Como signatária desse Programa, a UFPE se propôs a atingir os percentuais de conclusão de curso (90%), redução da evasão escolar (2%) e redução da retenção (20%). Olhando por essas lentes, o ensino centrado no aluno toma enormes proporções e, cá entre nós: será que, algum dia, essas metas serão exequíveis? Bem, pelo menos, é urgente fazermos parcerias na construção de pontes entre o que o aluno já sabe e onde queremos que ele chegue – parcerias entre alunos, administrativos e professores.  

Deixando de lado o “isso não é comigo”, uma forma simples de operacionalizar essa ideia é usarmos nossa vivência pessoal e profissional, não importando a que segmento pertençamos. Algumas ações pedagógicas têm sido feitas nesse sentido, como construção de modelos anatômicos, visita a profissionais em exercício fora da Academia, encaminhamento de alunos ao DAE para atendimento psicossocial, agendamento de aulas de revisão com bolsistas, exposições sobre áreas de atuação profissional, produção de vídeos etc. Recentemente, está em andamento a elaboração de um tira-dúvidas online em Bioquímica a ser iniciado no próximo semestre.    

Mas nada disso vai adiantar se não entendermos que o objetivo da Universidade não é selecionar os melhores alunos - outras instâncias, como concurso público, seleção de mestrado, mercado de trabalho etc já o fazem melhor, e Educação é um direito de todos. O papel de qualquer instituição de ensino é ajudar o aluno a construir seu próprio conhecimento. Não defendendo a maquiagem dos resultados para efeito estatístico, o REUNI que fala em aumento drástico da taxa de conclusão de curso para 90% é o mesmo que destaca o cumprimento das metas sem perda da qualidade do ensino.    

E já que estamos na última hora, é urgente entender que não apenas a sala de aula é o espaço educativo privilegiado, mas todo o Centro. Se, como diz a música, "Toda pessoa sempre é as marcas das lições diárias de outras tantas pessoas", então, todos nós somos co-responsáveis pela Educação. 
É isso.
Cristina Florêncio
TAE do CCB – UFPE

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Newsletter no. 15: Que massa!


Expo Insecta

Lápis grafite, tesoura sem ponta, massinha de modelar colorida, isopor, cola, hidrocor, ... esse material lhe lembra alguma coisa?
ERROU! Não estou falando de suas aulas de Artes no Ensino Fundamental. Ao contrário, falo das aulas de Invertebrados 4 no Bacharelado em Ciências Biológicas do CCB. 

 Isso mesmo! Descobri que a Profa. Cleide Ribeiro vem utilizando uma técnica de ensino que tem ampliado bastante a capacidade de aprender dos alunos: a construção de modelos anatômicos. Como descobri? De tanto ver alunos que passavam horas na biblioteca do CCB no "puxa-e-encolhe" da massinha! Vejamos a opinião da aluna Izabella Maria Cintra Ribeiro, 4o. período do Bacharelado em Ciências Biológicas. 

COMO É, ESPECIALMENTE, A METODOLOGIA DA DISCIPLINA INVERTEBRADOS 4?
Está sendo muito útil, inclusive porque a Profa. Cleide Ribeiro reserva 30 minutos para que trabalhemos em nossos projetos durante a aula.

VOCÊ PODERIA DETALHAR ESSES PROJETOS?
Bem, a princípio e durante a aula teórica, ela avisou que precisaríamos encontrar na Internet o desenho de um inseto. A partir desse desenho, construiríamos um modelo anatômico daquele animal.
Izabella Ribeiro
Bach. em Biológicas
4o. período


MAS A PROFESSORA PRESTA ALGUMA ASSISTÊNCIA AO ALUNO ENQUANTO ISSO? 
Ela auxilia o aluno durante todo o processo de pesquisa e elaboração do projeto: indica a bibliografia, entrega o Plano de Ensino, exibe vídeos sobre o conteúdo da disciplina, além de ministrar as aulas expositivas. Quando trazemos os desenhos, ela fala das vantagens e desvantagens da utilização do que trouxemos em relação à execução do projeto. Então, comparamos com outros grupos e decidimos.

MAS ISSO NÃO FICA MUITO ABSTRATO, CONSTRUIR UM MODELO ANATÔMICO DE UM INSETO?
Não, porque ela mostra o trabalho de outros alunos de semestres anteriores; então, vemos os materiais já utilizados e adaptamos para o nosso caso. Trabalhamos com massa de modelar colorida, isopor, pastas plásticas, hidrocor etc.

VOCÊ ACHA QUE ESSA TÉCNICA CONTRIBUI PARA O MELHOR APRENDIZADO DA TURMA?
Sim, até porque ninguém tirou nota baixa na prova prática. Também teve prova oral em grupo, geralmente, de três pessoas. Passamos cerca de duas semanas fazendo os modelos, e todos nós fizemos. 
 
NA SUA OPINIÃO, QUAL A VANTAGEM DE SE TRABALHAR COM MODELOS ANATÔMICOS?
O modelo anatômico reduz a quantidade de dissecações.  Além do mais, meu grupo trabalhou com a pulga, que, pelo tamanho, seria muito complicado de dissecar. Outros grupos trabalharam com o garfanhoto, a borboleta e o besouro.

VOCÊ GOSTA DO BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS? PRETENDE SEGUIR CARREIRA DOCENTE? 
Anatomia da pulga
Gosto muito. Pesquisei bastante quando ainda estava no 2o./3o. ano do Ensino Médio, e decidi que faria esse curso e me dedicaria à Biologia Forense. Acredito que sou boa aluna, principalmente, nas disciplinas que necessitam de um pensamento mais conceitual do conteúdo. Porém, não quero ser professora.   
  
QUAIS SERIAM SUAS CONSIDERAÇÕES FINAIS?  
Nas disciplinas em geral, seria importante que houvesse dicas para os alunos sobre como estudar, principalmente, sobre como estudar em casa. Também seria interessante que os professores disponibilizassem os slides que utilizam nas aulas. Outra coisa é que o professor não ficasse falando o tempo inteiro durante a aula, mas que proporcionasse algo mais concreto para o aluno.  

O Reino Encantado das Plantas - Botânica Fanerogâmica (Prof. Marccus Alves)

A Revolta dos Frutos (Botânica Fanerogâmica - Prof. Marccus Alves)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Semana do Meio Ambiente da UFPE 2011

Semana do Meio Ambiente 2011
Abertura no CCB

Aspecto da plateia do evento (1)
Aspecto da plateia do evento (2)

Composição da mesa do evento
(de preto, à esq. Profa. Sílvia Moraes, diretora do CCB em exercício)


Discurso do reitor eleito Prof. Anísio
(de vermelho, à esq. dele,  Profa. Ana Cabral, Pró-reitora Acadêmica) 


Coral Vozes do Campus e ...
... seu maestro

sábado, 28 de maio de 2011

Novos Vídeos

Olá, Professor!
Estou escrevendo para avisar de novos vídeos no www.assuntoseducacionais.blogspot.com :
  1. Série Minuto Marinho, que tem ao todo 40 vídeos (postados, 10) de até 60 segundos, apresentando a fauna de Fernando de Noronha - é útil para que o aluno escolha sobre qual animal fará o trabalho;
  2. 02 vídeos de Etologia: Táticas de caça dos golfinhos e Técnicas de defesa do lagarto-fêmea e o sapo-boi babá
Espero que gostem, utilizem com seus alunos e deixem seus comentários e sugestões AQUI
Obrigada.
Bom final de semana e bom descanso.
Cristina Florêncio
TAE do CCB - UFPE

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Newsletter no. 14/2011: Inseto!

Quando foi a última vez que alguém lhe chamou assim? Sentiu-se insignificante, incômodo, nocivo?

 Alegre-se! Agora, quem lhe ofender dessa forma, na verdade, pode estar lhe fazendo um elogio. Isso porque, além da importância desses bichinhos na natureza, a Revista Super Interessante de abril de 2011 publicou a matéria CSI insetos, na qual os apresenta como as novas armas dos peritos americanos e europeus na busca de soluções para crimes misteriosos de morte violenta, maus-tratos e sequestro. Abaixo, parte da matéria. 

 "Polybia paulista – auxilia na identificação do local do crime. Se o cadáver apresentar rastros dessa vespa, é porque o crime ocorreu no habitat natural dela – regiões com inverno frio (temperatura abaixo de 18ºC), como São Paulo, Minas Gerais ou Paraná.


 Solenopsis saevissima – a formiga revela que a vítima sofreu maus-tratos antes da morte, pois sua presença indica más condições de higiene no local. É bastante útil em investigações de seqüestro, pois costuma estar presente em lugares confinados ou buracos onde insetos maiores não conseguem circular.


 Dermestes maculatus – o besouro ajuda a desvendar a causa da morte – se a vítima ingeriu alguma substância venenosa, por exemplo – e a identidade do cadáver, já que é possível encontrar DNA da vítima em seu sistema digestivo.

 Chrysomya albiceps – é útil em casos em que o corpo já está em estágio avançado de decomposição. Os peritos capturam essa mosca no local do crime, e analisam o sistema digestivo dela. A presença de certos elementos, como chumbo ou esperma, indica que a vítima foi baleada ou sofreu violência sexual.

 Culex sp – quando a polícia invade um cativeiro, procura esse mosquito – que se alimenta de sangue humano e por isso pode conter uma amostra do DNA do seqüestrador. O Culex também é usado quando há suspeita envolvendo drogas, pois revela se a vítima consumiu cocaína, heroína ou anfetamina."
É isso.
Qualquer comentário, clique AQUI.
Bom final de semana e bom descanso.
Cristina Florêncio
TAE do CCB - UFPE

Etologia: Táticas de caça dos golfinhos

Etologia: técnicas de defesa do lagarto-fêmea e o sapo-boi babá.

sábado, 7 de maio de 2011

Newsletter no. 13/2011: Vejamos!

Olá, Professor!

De início, gostaria de destacar os projetos do CCB recentemente aprovados pela Proext: Biologia ao Alcance da Escola Pública (Profa. Marilene da Silva Cavalcanti) e Plantão da Alegria: Palhaçoterapia do Hospital das Clínicas da UFPE (Prof. Bruno Severo Gomes) – a eles, os nossos parabéns. Aliás, para quem quiser entender melhor o que faz um palhaço dentro de um hospital, é bom dar uma olhada no vídeo Doutores da Alegria, que fala um pouco dos objetivos desse grupo.    

Mas, como vai o semestre letivo, professor? Precisando de ajuda? Tem alguma sugestão? Das conversas com alguns de vocês, uma sugestão recorrente é de algo direcionado ao aluno, principalmente, ao primeiranista, sobre como estudar, como fazer prova e como assistir às aulas. Espantado? Pois é. Principalmente no que se refere ao primeiro item, o aluno precisa desenvolver estratégias diferentes, dependendo da disciplina; quanto ao segundo, uma professora me falava da dificuldade de sua turma em diferenciar as palavras cite, explique e defina; no terceiro ponto, alguns alunos não conseguem perceber o que o professor destaca como mais importante, e para reforçar, o Blog traz o vídeo Como falar bem: ênfase e vogais (Você S/A).   

Por falar em dificuldades, principalmente para aqueles professores de turmas numerosas, postei um vídeo da UNITINS sobre como manter a saúde da voz. Se você tem vídeo no Youtube e gostaria de dar uma incrementada, sugiro o tutorial de como editar vídeos dentro do próprio youtube . Para o pessoal da Genética e da Bioquímica, tem os vídeos Charles Darwin e a Árvore da Vida – 1ª. parte (as restantes podem ser encontradas no Youtube) e Veneno: evolução e bioquímica. Para os que querem algo mais high tech, tem a matéria da criação do nervo artificial numa parceria entre a PUC e a Montpellier . Já os que preferem algo “mais rastejante” podem conferir os vídeos da série Life: répteis e anfíbios (04 partes) dublada em português.
Ufa! Tem bastante coisa hoje!
Bom final de semana e bom descanso.
Cristina Florêncio
TAE do CCB - UFPE

Como falar bem: ênfase e vogais

Como editar vídeo no Youtube

Charles Darwin e a Árvore da Vida - (Parte 1) BBC

Como editar vídeos com o Youtube (Olhar Digital)

Você sabia que o YouTube oferece uma ferramenta de edição gratuita e super fácil de usar? O sistema não possui tantas funções quanto os softwares profissionais de edição, é claro, mas vai além do básico, e dá até para colocar trilha sonora e legendas no seu vídeo.

Um detalhe é que, obviamente, só é possível editar vídeos que você tenha publicado na sua conta. Para isso, basta entrar no “Editor de Vídeos”. Do lado esquerdo, você vê uma miniatura dos seus vídeos e, do direito, uma janela onde terá o resultado da sua montagem. Para alterar algum vídeo é só arrastar as miniaturas para a linha de edição ou simplesmente clicar no “mais”.

O primeiro passo da edição é escolher os trechos que serão usados e reordená-los para montar um vídeo novo na função “cortar”. Caso você tenha gravado o vídeo em um celular, por exemplo, você tem como girar a imagem e, nos efeitos, até estabilizar o quadro para poder acabar com as imagens tremidas. Há ainda a possibilidade de alterar brilho e contraste e, se preferir, dá até para transformar o filme em preto e branco.

Para completar a edição e deixar seu vídeo com cara de profissional, você pode adicionar uma trilha sonora neste ícone. A pesquisa pode ser feita pelo nome da música, por gênero ou artista. São centenas de músicas disponíveis. Quando decidir, arraste a faixa para a linha de edição. Por último, faça o mesmo com as transições. São oito opções que vão deixar a mudança de um trecho para outro muito mais legal...

Edição pronta? Agora é só clicar em “publicar” e dividir com todo mundo.

No novo vídeo já publicado, você ainda pode acrescentar anotações, como balões de quadrinhos, observações e título. Em “editar anotações” escreva o que quiser e divirta-se. E se você tiver o arquivo com a legenda do seu vídeo, em “editar legendas” você facilmente encaixa as palavras no ritmo das imagens. 
_______________________________________