Bem-vindo, Professor! Sinta-se à vontade! Este espaço é nosso!

TAE Cristina Florêncio

Coordenadoria do Ensino de Ciências do Nordeste - CECINE

UFPE





sábado, 9 de julho de 2011

Newsletter no. 17/2011: O que você quer que eu faça?!

História é sempre história, mas ouvi que certa criança morava numa cidadezinha cercada por diques que impediam o avanço do mar. No seu passeio bem cedo de manhã, enquanto a cidadezinha ainda dormia, ela percebeu que havia um furinho mínimo num dos diques pelo qual a água começava a jorrar.  

Sem tempo de correr para avisar, a criança decidiu impedir aquela tragédia, simplesmente, colocando seu dedinho naquele furo por onde o perigo se avolumava.   Horas depois, desconfiados de sua demora, seus pais resolveram procura-la e encontraram-na em posição de sentinela, protegendo aquela comunidade inteira.  

Moral da história: não foi preciso nenhum ato extremo daquela criança; apenas a disposição de fazer o que ELA SABIA que resolveria a situação. Mesmo sem muita experiência, o problema estava tão claro em sua mente que não foi difícil para ela encontrar uma forma de impedir uma tragédia.  

Ora, “a situação está crítica; é preciso fazer alguma coisa!” - isso é consenso entre professores e alunos em relação ao ensino-aprendizagem. Se todos sabem do problema e querem resolve-lo, por que não resolvem? A resposta é que, apesar desse consenso, os dois grupos parecem falar línguas diferentes, o que dificulta a identificação das causas e soluções para o problema.

E a TAE com isso? Bem, estamos carecas de saber que é condição legal sine qua non para o cargo que o TAE seja profissional da Educação - de preferência, com larga experiência de ensino em todos os níveis. Isso porque é ele quem vai falar a “interlíngua” necessária à identificação das causas que atravancam o processo, sem tomar partido de nenhum dos lados; ou seja, o TAE é o “meio de campo” necessário a essa solução.

A “interlíngua” é útil na identificação das causas porque, geralmente, quem reclama tem certeza de sua própria boa vontade, então, acredita que a culpa só pode estar do outro lado. Porém, há situações nas quais tanto professor quanto aluno são “perfeitos”! Então, o que impede os melhores resultados? Bem, pode ser inadequação estratégica (principalmente, em turmas compostas por cursos vários) ou a questão do tempo didático ou estilos diversos de ensino-aprendizagem ou tipos diferentes de inteligência emocional entre professor e aluno etc.

Um exemplo? No caso de disciplinas com vasto material para memorizar, é imprescindível estratégias que não privilegiem apenas a audição e a visão, mas incluam algumas técnicas, como a construção de modelos anatômicos, tais como os exemplificados em newsletter passada. Ou seja, pouco resolve, simplesmente, mandar o aluno estudar, principalmente, se fatores externos interferem no problema, ao ponto de fazer-se necessário encaminhamento ao setor psicossocial institucional. Também não resolve tentar mudar, radicalmente, o estilo de ensinar do docente – há de haver um equilíbrio.    
 
Por isso, caro professor, ainda na primeira avaliação, gostaria muito de ficar a par de situações nas quais haja um descompasso entre resultados esperados e resultados alcançados, altos índices de evasão e casos de alunos em vulnerabilidade acadêmica. Não infantilizando o aluno, em nosso Centro, “situações impossíveis” já foram resolvidas, porque alguém se dispôs a ajudar. Sejamos todos como aquela criança! Soluções pequenas podem impedir grandes tragédias, e estão em nossas mãos.
É isso.
Para comentários, por favor, clique AQUI. Obrigada.
Bom final de semana e bom descanso.
Cristina Florêncio
TAE do CCB - UFPE   

Nenhum comentário:

Postar um comentário