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TAE Cristina Florêncio

Coordenadoria do Ensino de Ciências do Nordeste - CECINE

UFPE





sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Newsletter no. 01/2011: O Quase do Luiz


Caro Professor,
Como estão as férias? 



Estou enviando os vídeos abaixo (aliás, a Central de Vídeo teve uma pane, mas será reinstalada, à medida do possível).
Para assisti-los, CLIQUE AQUI ou acesse a Central de Vídeos no www.assuntoseducacionais.blogspot.com.
  • A Célula: o reino oculto (em 06 partes);
  • A Célula: a química da vida (em 06 partes); 
  • Artrópodes (vídeoaula);
  • Genética: introdução histórica e conceitos gerais (em 03 partes);
  • Ácidos Nucleicos e Síntese das Proteínas (1a. parte).  
Quanto ao texto de hoje, ele foi enviado pelo Prof. Armando Marsden.
Bem, é só.
Bom final de semana e boa continuidade das férias.
Cristina Florêncio
TAE do CCB - UFPE
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O QUASE*
                  

Ainda pior que a convicção do não
é a incerteza do talvez,
é a desilusão de um quase.


É o quase que me incomoda,
que me entristece,
que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.


Quem quase ganhou ainda joga,
quem quase passou ainda estuda,
quem quase morreu está vivo,
quem quase amou não amou.


Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perdem por medo,
nas idéias que nunca sairão do papel
por essa maldita mania de viver no outono.


Pergunto-me, às vezes,
o que nos leva a escolher uma vida morna;
ou melhor não me pergunto, contesto.


A resposta eu sei de cor,
está estampada na distância e frieza dos sorrisos,
na frouxidão dos abraços,
na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.


Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.

A paixão queima,
o amor enlouquece,
o desejo trai.


Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor,
sentir o nada,
mas não são.


Se a virtude estivesse mesmo no meio termo,
o mar não teria ondas,
os dias seriam nublados
e o arco-íris em tons de cinza.


O nada não ilumina,
não inspira,
não aflige nem acalma,
apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.


Não é que fé mova montanhas,
nem que todas as estrelas estejam ao alcance,
para as coisas que não podem ser mudadas
resta‑nos somente paciência
porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória
é desperdiçar a oportunidade de merecer.


Pros erros há perdão;
pros fracassos, chance;
pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque,
que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.


Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando,
fazendo que planejando,
vivendo que esperando
porque, embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu.
 

Poema de Luiz... ... Luiz Fernando Veríssimo